RESUMO
O presente estudo investigou se a percepção de profundidade de desgaste dental por alunos de graduação tem influência sobre a cor final de restaurações anteriores diretas, realizadas em dentes artificiais. Material e Métodos: Oitenta e um participantes foram divididos em três grupos (n = 27): G1, estudantes do início do curso de odontologia; G2, estudantes de odontologia de nível intermediário; e G3, estudantes de odontologia de nível avançado. Para investigar a percepção de profundidade desgaste dental, cada aluno de graduação recebeu um manequim que continha um incisivo central superior intacto e instruções sobre a técnica de preparação do dente para faceta direta. Todos os grupos foram instruídos a realizar os preparos com 1 mm de profundidade. A profundidade de desgaste dentário foi analisada utilizando um espessímetro. Posteriormente, os dentes foram restaurados com resina composta opaca ou translúcida utilizando-se uma matriz de pré-moldada. A cor foi medida por meio de um espectrofotómetro (L * a * b *). Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste KruskalWallis e post hoc de Dunn (α = 5%). Resultados: A profundidade do desgaste dental foi diferente entre todos os grupos (p < 0,05). G1, G2 e G3 obtiveram uma média de 1, 0,5 e 0,8 mm, respectivamente. G3 apresentou maior precisão na profundidade de desgaste dental. Os valores de cor não variaram de acordo com a profundidade de desgaste dental ou para o tipo de resina utilizada na restauração (p > 0,05). Conclusão: A formação técnica e experiência clínica contribuiu para uma melhor percepção de desgaste dental em profundidade por estudantes de graduação em Odontologia. Na configuração pré-clínica, a profundidade de desgaste dental teve pouca ou nenhuma influência sobre a cor final de restaurações anteriores diretas. Além disso, independentemente do tipo de resina composta usada, todas as restaurações realizadas em dentes artificiais tiveram resultado estético similar...
The present study investigated whether the perception of dental wear depth by undergraduate students has influence on the final color of direct anterior restorations performed on artificial teeth. Material and Methods: Eighty-one participants were assigned to one of three groups (n = 27): G1, beginning dental students; G2, intermediate dental students; and G3, advanced dental students. To investigate dental wear depth perception, each undergraduate student received one manikin containing an intact upper central incisor and a flyer instructing the technique of tooth preparation for veneer. All groups were required to prepare 1mm in depth. Dental wear depth was analyzed using a thickness gauge. Subsequently, teeth were restored with opaque or translucent composite resin using a pre-shaped matrix. Color was measured by means of a spectrophotometer (L*a*b* system). Data were statistically analyzed by the Kruskal-Wallis and Dunns post hoc tests (α = 5%). Results: Dental wear depth was different among all groups (p < 0.05). G1, G2 and G3 obtained a median of 1 mm, 0.5 mm and 0.8 mm, respectively. G3 presented more accuracy in the dental wear depth. Color values did not vary according to the dental wear depth or to the type of resin composite used in the restoration (p > 0.05). Conclusion: Technical training and clinical experience contribute to the better dental wear depth perception of undergraduate dental students. In the pre-clinical setting, dental wear depth has little or no influence on the final color of direct anterior restorations. Moreover, regardless to the type of resin composite used, all restorations performed on artificial teeth had similar aesthetic outcome...
